terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A IMACULADA E RAFAEL ARNÁIZ / LA INMACULADA Y RAFAEL ARNÁIZ





FESTA DA IMACULADA


“Hoje (Festa da Imaculada) não se pode estar triste. Que alvoroço haverá no Céu!…Quem dera estivesse lá!…Todas as gerações de anjos cantando a Maria. Maria olha ao Filho, o Pai olhando a Maria, gloriando-se Nela, amando-se a Si mesmo no amor à Virgem. Todo o Céu em festa e no meio dele a Senhora que, mesmo estando na Glória, não se esquece destes pequenos vermes que ainda andamos na terra.

Tudo será alegria no Céu hoje, tudo o que pedirmos a Maria, Ela escutará com muito carinho.

Como é possível que, olhando um pouco ao Céu, nos lembremos de que ainda estamos na terra? Bendito seja Deus, que ainda não nos chamou a participar no Céu do amor à Virgem! Mas, Senhor, não tardes. Como é possível, Senhor, não desejar estar já de uma vez com o corpo e a alma, com tudo, no Céu, onde te veremos, não pecaremos, louvaremos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, adoraremos a Santíssima Virgem, não nos separaremos Dela nunca?

Que agradável é amar a Maria! Nada custa com Ela, tudo sai bem, tudo é fácil, até ser santo! Eu creio que se nós nos Lhe propormos, e se o dizemos a Ela, Ela nos fará santos. Amanhã na comunhão vou a dizer a Jesus que queremos ser muito bons e que contamos para isso com a Virgem Imaculada. Agora vou a pedir ao Senhor que amanhã pela manhã nos ajude a todos para assim podermos fazer algo pela glória de Maria.

Tudo por Maria!”


São Rafael Arnáiz Barón
Cartas(108)-451; (109)-450



EN ESPAÑOL:


FIESTA DE LA INMACULADA

“Hoy (Fiesta de la Inmaculada) no se puede estar triste. El alborozo que habrá en el Cielo…Quién estuviera allí…Todas las generaciones de ángeles cantándole a María. María mira al Hijo, el Padre mirando a María, gloriándose en Ella, amándose a Sí mismo en el amor a la Virgen. Todo el Cielo de fiesta y en medio la Señora, que no por estar en la Gloria, se olvida de estos gusanillos que aún andamos en la tierra.

Todo será hoy en el Cielo alegría, todo lo que le pidamos a María, lo escuchará con mucho cariño.

¿Cómo es posible que, mirando un poco al Cielo, nos acordemos de que aún estamos en la tierra? Bendito sea Dios, que aún no nos ha llamado a participar en el Cielo del amor a la Virgen. Pero, Señor, no tardes. ¿Cómo es posible, Señor, no desear, estar ya de una vez con el cuerpo y el alma, con todo, en el Cielo?, donde te veremos, no pecaremos, alabaremos al Padre, al Hijo y al Espíritu Santo, adoraremos a la Santísima Virgen, no nos separaremos de Ella nunca.

¡Qué agradable es amar a María, nada cuesta con Ella, todo sale bien, todo es fácil, hasta ser santo! Yo creo que si nosotros nos lo proponemos, y se lo decimos a Ella, Ella nos hará. Mañana en la comunión le voy a decir a Jesús que queremos ser muy buenos y que contamos para ello con la Virgen Inmaculada. Ahora le voy a pedir al Señor que mañana por la mañana nos ayude a todos, para así poder hacer algo por la gloria de María.

¡Todo por María!”


San Rafael Arnáiz Barón
Cartas(108)-451; (109)-450



quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

RAFAEL ARNÁIZ – Vida escolar / Vida Colegial




Irmão Rafael – Vida escolar

Iniciados os seus estudos no Colégio das Mercês de Burgos, pouco tempo permaneceu na cidade castellana porque tendo seu pai sido promovido, se mudou para Oviedo com toda sua família em 1922, fixando ali sua residência definitiva.

Rafael continuaria sua formação no Colégio de Santo Inácio da mesma cidade, deixando neste uma gratíssima recordação, segundo o inspetor da escola: "Desde o primeiro momento se viu nele o menino acostumado à vida de colégio da Companhia. Vinha, então, do externato de Burgos, tendo se adaptado sem dificuldade ao curso do novo para ele. Menino inteligente, constam suas notas de aplicação no livro de matrículas, destacando-se por sua boa disposição para matemática, não tanto para letras, precisamente onde mais tarde tanto haveria de brilhar, como demonstram seus diários íntimos que, se são os de um homem que ilustrado por Deus descobre sua altura de aspirações na união com Ele, refletem luzes de inspiração artística.

Rapidamente ganhou a simpatia dos demais meninos, mas sobretudo fez ressaltar sua formalidade e intensa piedade, o que lhe granjeou o distintivo de pertencer à direção da Congregação Mariana. Mas estes louvores não são obstáculos para reconhecer que Rafael -além de inteligente e alegre-, era algo 'travesso nos jogos'. Isto quer dizer que se parece bastante conosco, que sem dúvida fazemos o mesmo".

O inspetor não podia se controlar: estava cheio de animação, resultando em proféticos os louvores com que termina seu relato: "Jovem elegante, espírito seleto, especial, um artista; a alegria de céu estava nele, que pensava na Trapa com fé viva e ardente desejo de possuí-la, de entrar nela com sua vida precária em saúde com o mesmo ardor que o robusto religioso entrega a sua à observância".

A sólida formação dada pelos filhos de Santo Inácio foi completada na casa paterna, por haver se sentido sempre, Rafael, acolhido e protegido tanto por seus pais como por seus irmãos. Tal acolhimento, junto com a paz e harmonia reinantes naquele lugar privilegiado -apesar de que todos os irmãos foram educados em uma grande liberdade de espírito- contribuíram para que Rafael e dois deles escolhessem a melhor parte: se consagraram a Deus na vida religiosa.


Fray Mª Damián Yánez Neira,OCSO
Vida anecdótica del Hno.Rafael, capitulo 2
Ilustraciones de Fray Luis María Álvarez,OCSO
Monasterio de Oseira


EN ESPAÑOL:


Hermano Rafael - Colegial

Iniciados sus estudios en la Merced de Burgos, poco tiempo permaneció en la ciudad castellana, porque habiendo ascendido su padre en el escalafón, se trasladó a Oviedo con toda su familia en 1922, fijando allí su residencia definitiva.

Rafael continuaría su formación en el colegio de san Ignacio de la misma ciudad, dejando en él gratísimo recuerdo, habla el prefecto de estudios: "Desde el primer momento se echó de ver en él al muchacho acostumbrado a la vida de colegio de la Compañía. Venía entonces del externado de Burgos, encajando sin dificultad en la marcha del nuevo para él. Niño inteligente, constan sus notas de aplicación en el libro de matriculados, destacándose por su buena disposición para matemáticas, no tanto en letras, precisamente donde más tarde tanto había de lucir, como demuestran sus diarios íntimos, que, si son los de un hombre que, ilustrado por Dios descubre su altura de aspiraciones en la unión con El, ellos reflejan luces de inspiración artística".

Añade que pronto se captó la simpatía de los demás muchachos, sobre todo hace resaltar su formalidad y piedad intensa que le granjeó el distintivo de pertenecer a la directiva de la Congregación Mariana. Pero estas alabanzas no obstan para reconocer que Rafael -además de inteligente y alegre-, era algo "travieso en los juegos". Esto quiere decir que se parece bastante a nosotros, que sin duda hemos hecho lo mismo. No lo podía remediar: estaba lleno de vitalidad, resultado proféticas las alabanzas con que termina su informe: "Joven Elegante, espíritu selecto, especial, artista; alegría de cielo en el que pensaba a través de la Trapa con fe viva y ardiente deseo de poseerlo, entrando su vida precaria en salud con el mismo ardor que el robusto religioso la entrega a la observancia".

La sólida formación impartida por los hijos de san Ignacio, fue completada en el hogar paterno, por haberse sentido siempre Rafael arropado y protegido tanto por sus padres como por sus hermanos. Tal arropamiento, junto con la paz y armonía reinantes en aquel hogar privilegiado -a pesar de que todos los hermanos fueron educados en una gran libertad de espíritu- contribuyeron a que Rafael y dos de ellos eligieran la mejor parte: se consagraran a Dios en la vida religiosa.


Fray Mª Damián Yánez Neira,OCSO
Vida anecdótica del Hno.Rafael, capitulo 2
Ilustraciones de Fray Luis María Álvarez,OCSO
Monasterio de Oseira


São Rafael Arnáiz Barón – O olhar fixo no Senhor/ San Rafael Arnáiz Barón – La vista fija en Él




São Rafael Arnáiz Barón

O olhar fixo n’Ele

“Agora compreendo muito bem esse caminho tão estreito que assinala São João da Cruz e que está entre outros dois, nos quais diz: oração, contemplação, consolos espirituais, dons da terra, dons do céu, etc. Pois bem, entre esses dois caminhos está o que eu digo e que somente diz nada... nada... nada...

Que difícil é chegar a isso. E para nós que andamos nos princípios, que fácil é equivocar-se, e quantas vezes queremos encontrar a Deus onde não está. E quando cremos haver lhe encontrado, nos encontramos com nós mesmos... Mas não há que desanimar pois tudo permite Deus para o bem da alma e, sem conhecer o fracasso, não se saboreia o êxito; e antes de aproximar-se de Deus não há mais remédio a não ser despojar-se de tudo e permanecer no nada, como diz São João da Cruz.

Pois bem, nada de novo te digo, e que Deus me perdoe o querer tratar coisas tão altas quando ainda, sem saber engatinhar, já quero voar... Esse tem sido meu pecado e continua sendo... Que importa se estamos acima ou abaixo, perto ou longe de Deus? Dirijamos a Ele nossos olhares e unamo-nos para louvar-lhe, uns na vida monástica, outros nas missões, outros no mundo, uns de uma maneira e outros de outra. Que importa? É Ele que plenifica tudo e se nos olhamos uns aos outros perdemos tempo... Muito formosa é às vezes a criatura mas sua visão nos distrai do Criador.

Devemos seguir com o olhar fixo n’Ele, quer estejamos entre santos quer entre pecadores... Nós não somos nada; nada valemos nem para nada servimos quando estamos distraídos e não fazemos caso do Senhor. Não percamos, então, tempo, e se com um pequeno sacrifício, com uma oração ou com um ato de amor, agradamos ao Senhor, então que possamos dizer que pelo menos temos servido para algo, que é para dar a Ele maior glória. Essa deve ser nossa única ocupação e nosso único desejo”.


São Rafael Arnáiz Barón
Carta de 23 de julho de 1934 a sua tia, Duquesa de Maqueda
Obras Completas, pp.223-238


EN ESPAÑOL:


São Rafael Arnáiz Barón

La vista fija en Él

“Ahora comprendo muy bien ese camino tan estrechito que señala san Juan de la Cruz, y que está entre otros dos, en los cuales dice: Oración, contemplación, consuelos espirituales, dones de la tierra, dones del cielo, etc. Pues bien, entre esos dos caminos, está el que yo digo y que solamente dice, nada... nada... nada...

Qué difícil, tía María, es llegar a eso. Y para los que andamos en los principios, qué fácil es equivocarse, y cuántas veces queremos encontrar a Dios donde no está. Y cuando creemos haberle encontrado, nos encontramos con nosotros mismos..., pero no hay que desanimarse, todo lo permite Dios para bien del alma, y sin conocer el fracaso, no se saborea el éxito, y antes de acercarse a Dios no hay más remedio que despojarse de todo y quedarse en nada, como dice san Juan de la Cruz.

Pero bueno, nada nuevo te digo, y que Dios me perdone el querer tratar cosas tan altas cuando aún sin saber gatear, ya quiero volar... Ese ha sido mi pecado y lo sigue siendo...
Qué más da que estemos arriba o abajo, cerca o lejos de Dios; dirijamos a Él nuestras miradas y unámonos para alabarle, unos en la vida monástica, otros en las misiones, otros en el mundo, unos de una manera y otros de otra..., ¿qué más da? El lo llena todo y si nos miramos unos a otros, perdemos el tiempo... Muy hermosa es a veces la criatura, pero su vista nos distrae del Criador.

Debemos seguir con la vista fija en Él, lo mismo estando entre santos que entre pecadores... Nosotros no somos nada; nada valemos, ni nada servimos cuando estamos distraídos y no hacemos caso del Señor. No perdamos, pues, el tiempo, y si con un pequeño sacrificio, con una oración o con un acto de amor, agradamos al Señor, entonces podemos decir, que por lo menos hemos servido para algo, que es para darle a Él mayor gloria. Esa debe ser nuestra única ocupación y nuestro único deseo”.


São Rafael Arnáiz Barón
Carta del 23 de julio de 1934 a su tía, Duquesa de Maqueda
Obras Completas, pp.223-238