INE.ES / OVIEDO
O Beato Rafael chega ao cinema
A alemã Maria Mohr prepara um longa metragem sobre a vida e a mensagem do futuro Santo de Oviedo
J. MORÁN
Um beato entre uma monja e uma cineasta, entre a experiência mística e a experiência cinematográfica. Ingrid Mohr, religiosa alemã, e sua sobrinha, Maria Mohr – diretora de documentais, premiada em vários festivais internacionais – narram com palavras e imagens a vida de Rafael Arnáiz Barón que, nascido em Burgos (1911), cresce e estuda em Oviedo (1922-1934), e ingressa e falece no Mosteiro de San Isidro de Dueñas, a Trapa, Palencia, (1934-1938). O Irmão Rafael morre aos 27 anos, vítima de um coma diabético. Seus diários, cartas, escritos, começaram a ser publicados desde então e alcançaram uma difusão enorme entre fiéis católicos. Seu processo de beatificação teve início em 1965 e o Papa João Paulo II o elevou aos altares em 1992.
Rafael Arnáiz foi definido como um dos grandes místicos do século XX. Assim o considera, entre outros, o Cardeal jesuíta Carlo Maria Martini, que sendo Arcebispo de Milão, fez o prólogo das obras completas do Beato Rafael, traduzidas para o alemão pela Irmã Mohr. Ingrid Mohr deu uma conferência no Seminário de Oviedo sobre Rafael em suas dimensões de estudante ( Bacharelado com os jesuítas e Arquitetura em Madrid ); artista (pintura); monge e místico. «Místico significa que o essencial em sua vida, em pensamentos e obras, foi descobrir a vontade de Deus e cumpri-la; o teólogo jesuíta Karl Rahner disse o cristão de amanhã ou será um místico ou não será nada», explicou Mohr.
Ingrid Mohr, que vive em Aquisgrán, estudou Química e trabalhou na Espanha entre 1963 e 1979. Foi então quando conheceu os escritos do Beato Rafael, «que muito me entusiasmaram porque coincidiam bastante com a espiritualidade de minha congregação, as Irmãs do Menino Jesus Pobre. Desde então, me deixei levar pelo conhecimento do Beato Irmão Rafael. Em 1994, após uma viagem à Espanha e à Trapa, uma Irmã que vivia em minha comunidade, muito doente de câncer dos ossos, e com grandes dores, às vezes com sua alma no chão, me pediu que lhe falasse de Rafael. Ela parecia reviver com ele, e dia a dia, folha a folha, comecei a traduzir seus textos para o alemão, a fim de os dar a ela, que queria meditá-los. Tal trabalho foi o que depois culminou na publicação das obras completas. Martini, convidado a fazer o prólogo, disse à editora que não escrevia prólogos porque não daria conta da quantidade de pedidos que recebia; mas fez uma exceção: conhecia ao Beato Rafael e escreveu uma carta que me permitiu usar como prólogo», relembra a Irmã Ingrid Mohr. Dezenas de conferências, assim como muitos programas de rádio e de televisão, difundem a figura de Rafael na Alemanha, graças às palavras de Ingrid Mohr.
Quanto às imagens, ficaram por conta de sua sobrinha, Maria Mohr, que estudou Belas Artes em Berlim. A sua produção «Primo / prima, sobre minha família, em estilo experimental, não só documental», foi premiada no Festival Internacional de Curta metragens de Uberhausen, assim como também no México (melhor documental internacional) e no Brasil.
Deu palestras em vários países, e com essas remunerações, mais uma bolsa de estudos do Estado de Renania-Westfalia e um contrato de produção com o canal 3SAT, da Alemanha, embarcou no longa metragem de 90 minutos, ainda em realização, «Irmão / irmã», sobre o Beato Rafael e as pegadas dele em sua tia. «Me fascinou contar como se pode viver com um Santo no coração; no centro há algo místico que Ingrid transmite às pessoas».
Em 2006, a Irmã Ingrid e Maria percorreram e filmaram nos cenários pelos quais Rafael Arnáiz passou: a Trapa de Palencia, Ávila, Madrid, Santillana del Mar, Burgos, Oviedo, Covadonga, Cabo Peñas, Cudillero e o porto de El Musel de Gijón.
Rafael Arnáiz foi definido como um dos grandes místicos do século XX. Assim o considera, entre outros, o Cardeal jesuíta Carlo Maria Martini, que sendo Arcebispo de Milão, fez o prólogo das obras completas do Beato Rafael, traduzidas para o alemão pela Irmã Mohr. Ingrid Mohr deu uma conferência no Seminário de Oviedo sobre Rafael em suas dimensões de estudante ( Bacharelado com os jesuítas e Arquitetura em Madrid ); artista (pintura); monge e místico. «Místico significa que o essencial em sua vida, em pensamentos e obras, foi descobrir a vontade de Deus e cumpri-la; o teólogo jesuíta Karl Rahner disse o cristão de amanhã ou será um místico ou não será nada», explicou Mohr.
Ingrid Mohr, que vive em Aquisgrán, estudou Química e trabalhou na Espanha entre 1963 e 1979. Foi então quando conheceu os escritos do Beato Rafael, «que muito me entusiasmaram porque coincidiam bastante com a espiritualidade de minha congregação, as Irmãs do Menino Jesus Pobre. Desde então, me deixei levar pelo conhecimento do Beato Irmão Rafael. Em 1994, após uma viagem à Espanha e à Trapa, uma Irmã que vivia em minha comunidade, muito doente de câncer dos ossos, e com grandes dores, às vezes com sua alma no chão, me pediu que lhe falasse de Rafael. Ela parecia reviver com ele, e dia a dia, folha a folha, comecei a traduzir seus textos para o alemão, a fim de os dar a ela, que queria meditá-los. Tal trabalho foi o que depois culminou na publicação das obras completas. Martini, convidado a fazer o prólogo, disse à editora que não escrevia prólogos porque não daria conta da quantidade de pedidos que recebia; mas fez uma exceção: conhecia ao Beato Rafael e escreveu uma carta que me permitiu usar como prólogo», relembra a Irmã Ingrid Mohr. Dezenas de conferências, assim como muitos programas de rádio e de televisão, difundem a figura de Rafael na Alemanha, graças às palavras de Ingrid Mohr.
Quanto às imagens, ficaram por conta de sua sobrinha, Maria Mohr, que estudou Belas Artes em Berlim. A sua produção «Primo / prima, sobre minha família, em estilo experimental, não só documental», foi premiada no Festival Internacional de Curta metragens de Uberhausen, assim como também no México (melhor documental internacional) e no Brasil.
Deu palestras em vários países, e com essas remunerações, mais uma bolsa de estudos do Estado de Renania-Westfalia e um contrato de produção com o canal 3SAT, da Alemanha, embarcou no longa metragem de 90 minutos, ainda em realização, «Irmão / irmã», sobre o Beato Rafael e as pegadas dele em sua tia. «Me fascinou contar como se pode viver com um Santo no coração; no centro há algo místico que Ingrid transmite às pessoas».
Em 2006, a Irmã Ingrid e Maria percorreram e filmaram nos cenários pelos quais Rafael Arnáiz passou: a Trapa de Palencia, Ávila, Madrid, Santillana del Mar, Burgos, Oviedo, Covadonga, Cabo Peñas, Cudillero e o porto de El Musel de Gijón.
Conferência do Seminário, junto ao técnico de som
Markus Ruff
Por favor, cuentenme mas de mi Rafita, en español, los quiero mucho
ResponderExcluirBendiciones
Ana María
Dios le bendiga.
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