segunda-feira, 13 de abril de 2009

Beato Rafael Arnáiz, mais sobre sua vida




Pessoas novas em um mundo velho: Beato Rafael Arnáiz Barón

"O silêncio do Mosteiro não é silêncio, mas um concerto sublime que o mundo não percebe”. Esta é uma das famosas frases do Irmão María Rafael, Monge Trapista, falecido aos somente 27 anos de idade, beatificado e próximo à canonização.

Nasceu no ano de 1911, em Burgos, Espanha, de uma família muito rica e devota. Seguindo o exemplo dos pais, muito rápido o pequeno aprendeu a amar Jesus e a socorrer os pobres. Brilhante, inteligente, bonito, alegre, enamorado da vida, estudou com proveito e êxito, primeiro em um Instituto de Jesuítas em Burgos e depois nas Astúrias, antes de ingressar na Faculdade de Arquitetura em Madrid.


Enquanto estudava e se preparava com afinco para se tornar um bom Arquiteto, no coração de Rafael foi se abrindo um outro novo espaço onde Deus reinava e o encantava pouco a pouco, atraindo-o sempre e cada vez mais. Frequentemente se submergia em uma profunda oração, perdendo todo o sentido do tempo. Muitas vezes também levava consigo um cilício e preferia dormir no chão. Mas o real desejo de consagrar-se completamente ao Senhor só se fez mais concreto depois de algumas visitas a um Mosteiro Trapista, da Ordem Cisterciense da Estrita Observância.


Foi o tio materno quem recebeu a primeira confissão de Rafael sobre o seu desejo de se tornar um Monge. Os pais, apesar de sonharem com a carreira de Arquitetura para seu filho, aceitaram bem a sua decisão de seguir ao Mosteiro para abraçar uma vida monástica porque eram cristãos muito devotos e profundos. Assim, Rafael aos 23 anos de idade vestiu o hábito branco dos noviços trapistas em San Isidro de Dueñas. Escrevia à família: ‘Cada vez me convenço mais que Deus fez o Mosteiro para mim e me fez para o Mosteiro’.


Rafael vivia tudo com alegria pois na Trapa era possível: ‘unir-se absoluta e inteiramente à Vontade de deus; viver somente para amar e sofrer; ser o último em tudo, exceto na obediência’. Palavras que logo foram provadas por fatos: o jovem adoeceu com uma grave espécie de diabetes sacarina, chegando a perder mais de 20 kg em 8 dias. Como seu estado de saúde estava muito mal, teve que regressar à casa dos pais para tratar-se. Chegou a ficar entre a vida e a morte, mas aos poucos, muito vagarosamente foi melhorando.


Depois de haver superado a fase mais aguda da enfermidade, ficou claro que o jovem noviço nunca recuperaria a saúde, nem alcançaria a cura total. Apesar disso não desistiu de voltar à Trapa, aceitando viver como ‘oblato’ na enfermaria, suportando serenamente o mal que o afligia. Repetidas vezes Rafael teve que deixar o Mosteiro, mas pediu sempre que o deixassem regressar.


Escreve em seu diário espiritual: ‘Se o mundo pudesse imaginar que martírio contínuo é minha vida...Minha vocação é sofrer em silêncio por todo o mundo, imolar-me em união com Jesus pelos pecados de meus irmãos, pelos sacerdotes, os missionários, pelas necessidades da Igreja, pelos pecados do mundo, pelas necessidades de minha família’.

Em 26 de abril de 1938, depois de somente 19 meses e 12 dias transcorridos na Trapa, dos quais 4 em agonia, Rafael morreu sofrendo com febres altíssimas e com um sentido insaciável de fome e sede por causa da doença implacável. Seus escritos, que muito se tem lido e comentado, lhe valerão o título de ‘um dos maiores místicos do século XX’ e a fama de mestre de vida espiritual.


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