domingo, 17 de maio de 2009

Nossa Senhora e Rafael Arnáiz





“Que suave e que doce é consagrar-se a Maria! Na Trapa, o único consolo é saber-se protegido por Maria. E por último, a Salve Rainha ao entardecer, antes de irmos ao dormitório, são as últimas palavras do Trapista ao final do dia. E com isso dorme tranqüilo, sabendo que se morrer de noite, a Virgem o recolherá e o apresentará a seu Filho. Se soubessem que bem se dorme assim, embora a cama seja dura! Com o corpo cansado e às vezes dolorido, mas com o coração confiando na Senhora, não há nenhum Trapista que não concilie o sono com o rosto tranqüilo. E logo, ao começar a Vigília no Coro, também as primeiras palavras do Trapista são Ave Maria.

Se soubessem que vergonha me dava o haver estado tanto tempo sem uma devoção à Virgem! Não basta o Ofício, nem o rosário, nem meio milhão de novenas. Tem que querê-la muito! Tem que contar-lhe tudo, confiar-lhe tudo, pois é uma verdadeira Mãe.

A mim, parece, e isto tomado como coisa minha e, portanto, não o tenha em conta, que quanto mais amor se tem à Virgem, sem que nos demos conta, mais amor teremos a Deus. Quer dizer, nosso amor a Deus aumenta na medida em que aumenta o nosso carinho à Santíssima Virgem. E é natural. Como vamos querer à Mãe e não querer ao Filho? Impossível! E o que não conseguiríamos de Deus se o pedíssemos pela intercessão de Maria?

O primeiro milagre foi por causa da Virgem e eu imagino o rosto da Virgem olhando Jesus e dizendo-lhe: ‘Não têm vinho’. A mim, é um dos milagres que mais me tocam porque é Maria que intervém”.


Dos escritos de Rafael
Cartas (66)-204



Nenhum comentário:

Postar um comentário