sábado, 21 de fevereiro de 2009

Palavras de um parente de Rafael, 1ª parte




Palavras de um parente de Rafael, 1ª parte

Escrito por Bruno, do Blog Religión en Liberdad

O Irmão Rafael, por fim Santo!

Uma das grandes bênçãos que Deus me regalou pelo tempo que dedico a este Blog foi a oportunidade de conhecer muitas pessoas interessantes: companheiros de caminho até a Pátria eterna dentro da Igreja, Sacerdotes, Religiosos, famílias em missão, convertidos, nobres adversários em mil e uma discussões...

Uma dessas pessoas que agradeço a Deus haver conhecido atrav´s deste Blog é parente do Irmão Rafael. Assim que pensei pedir-lhe que escrevesse umas linhas sobre este Santo. Que maravilha ter um Santo na família! Com grande acerto, foi contando algo sobre a sua vida, com frases do próprio Rafael.

Não sei se os leitores sabem que recentemente foi aprovado o milagre que permitirá a canonização deste Santo espanhol do séc XX, que foi beatificado por João Paulo II em Madri há alguns anos. Sua vida, humanamente, não teve relevância. Entrou como monge para a Trapa de San Isidro de Dueñas aos 23 anos. Seu tempo no Mosteiro foi humanamente um desastre: enfermidade atrás de enfermidade, teve que abandonar por três vezes o Mosteiro e, finalmente, a morte por diabetes aos 27 anos de idade. Entretanto, seus escritos e desenhos nos deixaram um retrato do que é a santidade: o cumprimento, mediante a Graça que transforma nossa debilidade, da Vontade de Deus, seja ela qual for.

“Estimado Bruno,

Com respeito ao seu amável convite para escrever algo sobre Rafael Arnáiz, lhe envio as seguintes reflexões, frases dele e passagens de sua vida, fincando pé em sua passagem pela Faculdade de Arquitetura, talvez porque nós compartilhamos essa vocação.


Devendo começar por alguma parte, o faço destacando que o caminho espiritual deste Santo começa na família. Seus pais se esforçaram por construir um lugar para a família de acordo com Deus, o qual girava em torno do amor, da fé e da cultura no mais alto nível. Rafael Arnáiz, o pai, era engenheiro de Montes e em certas ocasiões se fazia acompanhar ao trabalho por seu filho mais velho, percorrendo a formosa e variada geografia asturiana, o que permitiu ao menino aprender da técnica e da natureza. Esses passeios com o pai, as conversas inteligentes sobre diversos temas, em especial os transcendentes, o ajudaram a descobrir Deus na beleza da criação, motivando-lhe a essa oração espontânea e íntima que praticou por toda a sua vida:

‘Se me impressiona uma paisagem é porque nela vejo Deus; e as cores, os ventos e o sol são obras suas’

A mãe, Mercedes Baron, mulher piedosa, lhe ensinou as primeiras orações, assim como também a afeição pela música, o teatro e a pintura.

‘Passei um dia feliz, debruçado sobre a prancheta..., mas pensando bem, não são os pincéis e as cores que alegram as minhas horas de trabalho; é o trabalho mesmo, é a Cruz que estou desenhando, a causa de minha alegria’.

(continua)


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