terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Dos escritos de Rafael




“Hoje saí de casa quando começava a anoitecer. Atravessei as ruas principais da cidade e, um pouco aturdido com o barulho das pessoas, dos carros e as luzes, me dirigi aonde meu espírito necessitava, a Casa de Deus. Estava quase deserta; uma mulher recitava orações diante de um altar mal iluminado; outro grupo de mulheres cochichavam junto a um confessionário, e o Senhor, Deus da criação, o Juiz dos vivos e dos mortos, estava no Sacrário esquecido pelos homens. Na paz e no silêncio da Igreja, minha alma se abandonava em Deus. Via passar diante de mim todas as misérias e todas as desgraças dos homens, seus ódios e suas lutas, e pensava que se este Deus que se oculta em um pouco de pão não estivesse tão abandonado, os homens seriam mais felizes, mas não querem sê-lo”.


2 comentários:

  1. A mim também impressiona a "solidão" a que está votado o Sacrário onte está o "Prisioneiro do Amor" em Santuários Marianos, por exemplo em Fátima: multidões cercam a Capela das aparições, o local onde são queimadas toneladas de cêra, entramos na Capela da Reconciliação e estão lá "meia dúzia" de peregrinos em oração e meditação diante do Sacrário.

    Abraço fraterno
    Ana

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  2. Blog Rafaelabril 13, 2009

    Prezada irmã Ana,Pax. Sim, é de tocar-nos a alma e o coração o abandono de Jesus em sua prisão de amor.Graças demos ao bom Deus por haver almas que se importam e se sensibilizam, podendo sempre ser instrumentos de Deus a fim de levar outras a também se sensibilizarem, e quem sabe uma corrente seja feita com o intuito de não deixar o Senhor tão só e abandonado.Deus abençoe sua alma e vida.Fraternalmente, blog Rafael

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